quinta-feira, 23 de abril de 2009


Quando escrevo o que não sinto
E choro o que não sucedeu
É porque perdi o que sinto
E creio que não sou eu.

Não me amem, porque não quero!

Quero ser insincero, livre...


(Cles Lachmann)

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Quem vai entender o que passa na minha cabeça?



O tipo da pergunta adolescente que todo mundo já se fez, inclusive quando estava muito bem mentalmente.
Mas é inevitável diser isso agora que estou revendo tantos conceitos,
Disdisendo todas as frases escritas,
Mudando os meus jeitos...

Anotando tudo no caderninho pra não esquecer como eu era.

Tenho que lembrar de todos os erros tragicômicos,
E planejar aquilo que ainda vou me tornar.

Muita informação não absorvida,
Mal e mal assimilada.
Preciso pensar um pouco mais...

Enquanto isso quero ficar só!
Não tenta cobrar nada dessa mente fraca,
Fica longe, só por enquanto...
Ainda to pensando se o que sinto é ...

Fica ai de longe observando.
Não posso diser o que fazer, mas sugiro que pare tudo agora,
Inspire bem fundo e abra a porta.


A distância aumenta a vontade de ficar aqui.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Não gosto, gosto

Eu não tenho pena dos traídos
Eu hospedo infratores e banidos
Eu respeito conveniências
Eu não ligo pra conchavos
Eu suporto aparências
Eu não gosto de maus tratos

Mas o que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto de bons modos
Não gosto

Eu aguento até os modernos
E seus segundos cadernos
Eu aguento até os caretas
E suas verdades perfeitas

O que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto de bons modos
Não gosto

Eu aguento até os estetas
Eu não julgo competência
Eu não ligo pra etiqueta
Eu aplaudo rebeldias

E compreendo piedades
Eu não condeno mentiras
Eu não condeno vaidades

O que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto do bom senso
Não, não gosto de bons modos
Não gosto


Eu gosto dos que têm fome
Dos que morrem de vontade
Dos que secam de desejo
Dos que ardem
...

Adriana Calcanhoto