terça-feira, 29 de março de 2011

Racismo é Crime!

Não é de hoje que o Dep. Federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) me dá, e á grande parte da população brasileira, motivos para ter ancia de vômito a cada palavra de seus discursos preconceitusos, conservadores, homóficos, racistas e machistas.
Eu já havia publicado anteriormente em meu blog notícias de suas declarações maldosas, que vocês podem ver aqui e aqui .
Dessa vez, em um programa com ibope um pouco mais alto do que a tv do congresso, o defensor da tortura, prisão e assassintato de presos políticos, e apoiador da Ditadura Militar, que relembramos com pesar neste mês de março, deu declarações que talvez possam finalmente tira-lo de cena. Isso se ainda nos apoiarmos na nossa constituição, que diz que racismo é crime.

O CQC é um programa de humor duvidoso, que tem como prática "chineliar" pessoas para ter piadas para contar. Apesar disso, cumpre um importânte papel ao denunciar políticos podres que ainda percorrem os corredores do congresso nacional.
O Dep., apoiador da tradição família e propriedade, praticamente chamou Preta Gil, filha do Gilberto Gil, de promíscua. Disse que seus filhos não se casariam com negros pois não foram criados em ambientes de promíscuidade.

Preta Gil já acionou seus advogados, e esperamos que em breve o asqueroso deputado tome seu lugar nas fileiras do xilindró!

Para ver o vídeo do programa em que ele faz essas declarações:
http://www.youtube.com/watch?v=uWRUhsfWeIg

segunda-feira, 28 de março de 2011

Arruda assume e explica sistema de corrupção para Veja Online

José Roberto Arruda, ex-governador do Distrito Federal e figura central do bem documentado mensalão do DEM, soltou o verbo sobre sua experiência vivencial nos labirintos do financiamento privado de campanha eleitoral.

Diante da pergunta – o senhor é corrupto? - Arruda forneceu a seguinte e espantosa resposta: "infelizmente, joguei o jogo da política brasileira. As empresas e os lobistas ajudam nas campanhas para terem retorno, por meio de facilidades na obtenção de contratos com o governo ou outros negócios vantajosos. Ninguém se elege pela força de suas idéias, mas pelo tamanho do bolso. É preciso de muito dinheiro para aparecer bem no programa de TV. E as campanhas se reduziram a isso".

A entrevista explosiva na "Veja Online", estranhamente, não apareceu na edição em papel da revista. Os grandes jornais tocaram no assunto em páginas secundárias e notas pequenas. Entre os acusados de participação direta no esquema estão os presidentes anterior e atual do DEM, o presidente e o secretário geral do PSDB, além de cabeças coroadas destes e de outros partidos. Ninguém, nos partidos da ordem dominante, protestou indignado. É a lei do silêncio que decorre da "naturalização" da maracutaia.

Delúbio Soares, ex-tesoureiro e figura central do mensalão do PT, outro especialista na arrecadação de "recursos não contabilizados", também apareceu no noticiário desta quaresma tão farta de desastres. A julgar pelas declarações de altos dirigentes do PT e até de ministros do novo governo, ele se prepara para voltar ao ninho antigo. Será a volta do filho pródigo, portador de habilidades especiais no "jogo que se joga na política brasileira".

Gilberto Kassab, originário do malufismo, secretário do Pita e posto onde está pelo bico tucano, foi outro freqüentador assíduo no noticiário da quaresma. Apesar de colega do Arruda no abastecimento dos mensalistas do DEM, ele não foi filmado e ainda não foi preso. Carisma zero, sempre montado em máquinas de governo, ele agora é fundador de partido. Não fosse ele o prefeito de São Paulo, titular do terceiro orçamento da nossa rala república, não teria cacife para tal empreitada. Como a sigla PDB, partido da burla, explicitava por demais o conteúdo, mudaram o rótulo da manobra. O PSD, partido dos saídos do DEM, é um escárnio, mais um cambalacho explícito no jogo pequena política.

Três figuras emblemáticas do momento atual, marcado pelo eclipse da grande política e pela conseqüente apoteose da politicalha. A grande política é aquela que trata das estruturas sociais e emana da livre manifestação de seus conflitos. As grandes questões sistêmicas, o embate entre projetos políticos que buscam espaços de legitimação, a emergência de movimentos e líderes que galvanizam o ativismo cidadão. A pequena política, pelo contrário, não cuida de nada disso, ela opera nos limites da conjuntura e gerencia o ocaso e as rotinas do continuísmo.

É duro, mas inevitável, constatar. Estamos vivendo, no Brasil de hoje, um interregno trevoso, marcado pela hegemonia absoluta da pequena política. Uma tristeza. Áreas de sombra se avolumam sobre as instituições. O Executivo barganha cargos de "petequeiros"; o Parlamento chafurda na política de negócios; e o vértice supremo do Judiciário toma partido dos "fichas sujas". Os grandes financiadores de campanha, sempre protegidos, são os grandes beneficiários do modelo dominante. A malha de cumplicidades que articula os partidos da ordem com os pontos fortes da economia é o que sustenta o reino da pequena política.

Rio, março de 2011.

Léo Lince é sociólogo e mestre em ciência política

Crise de Estado



sexta-feira, 25 de março de 2011

ESQUINA DEMOCRÁTICA E ECOSSOCIALISTA

O PSOL defende a manutenção da atual legislação do Código Florestal Brasileiro, Lei 4771/65. Criticamos a descentralização da legislação para Estados e Municípios, a diminuição dos limites das áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal e também a proposta do relator (Aldo Rebelo) de diminuir a proteção das margens dos rios e córregos de 30m para 7,5m.

Destaca-se que o Relatório anistia os crimes ambientais, como desmatamento de grandes áreas no Norte e Centro Oeste do País, bem como o desrespeito à Reservas Legais e Áreas de Preservação que foram arrasadas pela ganância dos grandes latifundiários do país.

Na próxima segunda-feira, dia 28, às 11:30, estaremos na Esquina Democrática, como já é de costume do partido, para conversarmos com os moradores da cidade e distribuirmos material sobre a reforma com esclarecimentos e nossas posição sobre o criminoso relatório para a construção de um novo Código Florestal, que pelo que conhecemos tem a cara da bandidagem do latifúndio e dos "modernos" desenvolvimentistas.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Política Suja!


Retirado do sítio http://acertodecontas.blog.br/politica/sujou-geral-a-politica-brasileira/

A decisão proferida, ontem, pelo STF à respeito da Lei do Ficha Limpa sujou geral a política brasileira. Não apenas do ponto de vista ético, pois vários políticos fichas sujas retornam à cena fortalecidos, mas também do ponto de vista da segurança jurídica/eleitoral brasileira.

O resultado no STF foi de 6×5, graças ao voto do recém-nomeado ministro Luiz Fux, que desempatou a votação realizada ano passado (acho que em setembro) quando a suprema corte se encontrava com apenas 10 membros, após a aposentadoria de Eros Grau.

Ainda não se sabe o tamanho do impacto que o adiamento da aplicação da lei terá nas casas legislativas do país. Um sem-número de candidatos fichas sujas concorreram sem registro no ano passado. O que por si só já é um absurdo. Muitos ganharam no voto, mas foram barrados na hora da diplomação. Agora, terão direito a assumir os mandatos, tirando da cadeira os fichas limpas que tomaram posse em janeiro último.

Casos notórios de políticos barrados como os ex-governadores Cassio Cunha Lima (PSDB-PB), João Capiberibe (PSB-AP) e o limpezíssima Jáder Barbalho (PMDB-PA) agora serão revertidos por seus advogados.

Vejam como votaram os ministros do STF sobre a aplicação imediata do Ficha Limpa para as eleições de 2010:

Contra A favor
Gilmar Mendes Joaquim Barbosa
José Antônio Dias Toffoli Carlos Ayres Britto
Marco Aurélio Mello Ricardo Lewandowski
Celso de Mello Carmen Lúcia
Cezar Peluso Ellen Gracie
Luis Fux

terça-feira, 22 de março de 2011

O novo Código Florestal

Sexta-feira passada, o Dep. Fed. Ivan Valente esteve em POA, e assisti uma palestra dele com o professor Paulo Brack, da UFRGS, a respeito da mudança do Código Florestal.
Este tema, apesar de muitissimo importante, tanto no debate de como ampliar a defesa do meio ambiente, quanto em relação a proposta de Aldo Rebelo para o novo código, não está sendo discutido com a população, e é impressindível que os movimentos sociais de todas as áreas e esferas se familiarizem do debate, pois as consequencias da aprovação da proposta de Aldo Rebelo não se restringirão aos espaços rurais, mas também afetarão nossas vidas de diversas formas até mesmo na área urbana.

"O novo Código Florestal tornou-se polêmico por propor um corte na proteção ambiental do país. Anistia para quem cometeu infrações ambientais, isenção de pequenas propriedades de refazerem as reservas desmatadas, redução da faixa mínima de mata ciliar que deve ser preservada à beira de cursos d’água, estão entre as medidas. Proíbe novos desmatamentos por um prazo de cinco anos, algo difícil de cumprir uma vez que a política do fato consumado (tipo: “desmataê, que depois a gente muda a lei e perdoa tudo”) já mostrou que é o forte por aqui. Na toada atual, o novo Código deve ser aprovado, não com o texto do relator Aldo Rebelo, mas com uma solução negociada – o que, tudo indica, será péssimo mesmo assim. Por exemplo, sabe as metas de redução de emissão de gases causadores de efeito estufa, alardeadas pelo país lá fora? Então, vão para o beleléu."
(trecho do sítio http://www.rodrigovianna.com.br/outras-palavras/depois-do-codigo-florestal-a-clt.html)

Para quem serve o novo Código Florestal?

sexta-feira, 18 de março de 2011

Mais uma vez, Luciana Genro vai à justiça

Divulgo a carta da companheira Luciana Genro em resposta à reportagem mentirosa da revista Veja sobre o projeto Emancipa.

REVISTA VEJA MENTE E SERÁ PROCESSADA POR DANO MORAL

09/03/2011

O Projeto Emancipa já é um sucesso. As incrições ainda não terminaram, mas já temos mais inscritos do que as 100 vagas disponíveis. O apoio que temos recebido é enorme. Este apoio se expressou inclusive na imprensa gaúcha, que através de vários comunicadores e jornalistas ajudou a divulgar o projeto pela sua relevância social, não se prestando a reproduzir as “denúncias” da revista Veja . Todos sabem da lacuna existente na preparação dos jovens oriundos das escolas públicas que desejam entrar na universidade. Então, quem poderia querer detonar um projeto que oferece preparação para o vestibular e o Enem GRATUITAMENTE para estudantes de escolas públicas? Aqui no Rio Grande do Sul, só os “viúvos” de Yeda Crusius.

Entretanto, em respeito às pessoas que me apoiam e respeitam e que têm sido questionadas por quem não conhece a minha trajetória, esclareço:

- Vou processar a revista Veja por danos morais, visto que o jornalista que assina a matéria sequer me ouviu, publicando uma reportagem absolutamente fantasiosa sobre o Projeto Emancipa, coordenado por mim no Rio Grande do Sul.

- A Secretaria de Educação não me concedeu nenhum privilégio como insinua a reportagem. A direção do Colégio Júlio de Castilhos, assim como outras escolas estaduais, proporciona a execução de diversos projetos nas suas dependências. O Emancipa é um deles e paga à escola R$ 600,00 por mês pelas duas salas.

- Os (as) professores(as) não serão “bem remunerados” como maliciosamente diz a reportagem. Receberão R$ 20,00 a hora aula. Como são apenas duas turmas, a média de remuneração de cada professor deverá ser por volta de R$ 300,00.

- A cota de patrocínios do Emancipa está fechada com 5 empresas e não estamos em busca de mais patrocinadores como mentirosamente afirma a reportagem.

-Sobre a Icatu Seguros, um empresa que atua no mercado gaúcho através do Banrisul há mais de 10 anos, muito me estranha que somente agora, para me atacar, a Veja levante suspeitas sobre esta relação. Eu não respondo pelas atividades de nenhuma empresa, mas a verdade é sempre útil: basta verificar o balanço 2010 do Banrisul, disponível na internet, para comprovar a mentira. A seguradora Icatu não tem contrato de exclusividade com o Banrisul. Além disso, essa empresa apoia diversas OSCIPs e ONGs, não apenas o Emancipa.

- Quanto à afirmação de que “Luciana, que na política criticava o pai, na vida empresarial usa de seu prestígio para lucrar”, quem terá que se explicar é a Veja. E terá que fazê-lo na Justiça. Primeiro, porque não estou “lucrando” e nem sequer estou na “vida empresarial”. O Emancipa não é uma empresa e não pode dar lucro. Não é por que deixei de ser deputada que vou abrir mão de realizar atividades socialmente relevantes, mesmo que de forma privada, mas que respondam a interesses coletivos. Quanto ao suposto uso do prestígio do meu pai, Tarso Genro, minha trajetória me autoriza a ter certeza de que os parceiros do Emancipa avaliaram em primeiro lugar o meu próprio prestígio para decidir pela participação no projeto.

Luciana Genro – Coordenadora do Projeto Emancipa-RS

terça-feira, 15 de março de 2011

Dia Internacional da Mulher

Não falei nada sobre o assunto no blog até agora. Muita confusão, correria, início das aulas, carnaval, cirurgia medieval para arrancar o siso...enfim, vai abaixo um texto da querida Heloísa Helena, uma verdadeira inspiração para todas as mulheres que lutam neste país.

Abraços.

Heloísa Helena
Qua, 09 de Março de 2011 14:50

Heloísa HelenaHeloísa Helena"Dia Internacional da Mulher... são muitas histórias para explicar o surgimento da data...das mulheres socialistas nas ruas do leste às lutadoras operárias americanas tecelãs de tecido lilás!

As histórias de agora também são muitas... parecem mesmo aquela que Galeano contava de uma antiga mulher de imensa saia cheia de bolsinhos, em cada um deles papeizinhos que ao serem retirados ressuscitavam esquecidos e mortos e todas as andanças do bicho humano.

Queiramos ou não em cada uma de nós recontamos as muitas histórias de outras mulheres espalhadas pelo mundo... no silêncio da neve ou da solidão, nas dunas do deserto ou do mar, nos sertões ou nas cidades, na imensidão das florestas ou das pedras cortadas pelos rios... Afinal, sorrisos e lágrimas são mesmo iguais em qualquer lugar do mundo!

A nossa Coragem vem lá das negras guerreiras que foram açoitadas, marcadas com ferro em brasa, penduradas em ganchos de ferro que lhes atravessavam as costelas, mas nada foi capaz de impedi-las de lutar a gloriosa – mesmo que nem sempre vitoriosa - luta da liberdade!

A nossa Intuição vem lá das índias – lobas, corujas, águias, ursas, beija-flores... – decifradoras dos mistérios das matas, florestas, caatingas... colhendo as folhas de todos os remédios e seguindo as estrelas com seus filhos pendurados dividindo leite com outros bichinhos!

A nossa Liberdade vem de muitas mulheres... brancas, negras, gordas, magras, novas, antigas, de todas as religiões ou sem nenhuma delas... livres e ousadas para usar o mais vermelho dos batons e sair mundo afora como mestras das artes do encantamento... ou livres e ousadas de cara lavada feito lírios dos campos e ostentando as rugas talhadas pelas dores do tempo!

De nada valerá a inveja entre nós... a vã tentativa de apagar na outra o brilho que gostaríamos de ter. De nada valerá a perseguição implacável às outras... reproduzindo as línguas cínicas, machistas e maldosas que condenam nas mulheres o que nos homens aplaudem.

Somos todas igualmente mulheres andarilhas e lutadoras do povo ou condenadas nas prisões domésticas olhando a vida pelas brechas das suas janelas... Somos todas donas do nosso amor e do nosso corpo ou vendidas com a alma dilacerada e a auto-estima destruída... Somos todas em cada uma de nós... em tristezas, alegrias, amores, segredos dolorosos, fraquezas inconfessáveis...apenas Mulheres... e Grandes Mulheres... untadas nos perfumados óleos de ternura e fúria... ostentando as cicatrizes que as lágrimas deixaram na alma como sinais sagrados das suas lutas... colhendo flores e frutos e semeando Vidas nesta maravilhosa experiência de ser Mulher!

Beijos!"

Código Florestal em debate